HOMENAGEM AO MAÇOM CLEMENTINO CÂMARA NASCIDO NA PRAIA DA PIPA
uem foi Clementino Câmara - Professor, Membro e FUNDADOR da Academia Norte-rio-grandense de Letras – ANRL sendo o primeiro ocupante da cadeira 19 Patrono da Cadeira 19 – Manoel Virgílio Ferreira Itajubá Natal Leste Potiguar Clementino Hermógenes da Silva Câmara natural de Goianinha. Nascido no ano de 1889. Era um dos educadores mais cultos de nossa terra. Professor, jornalista, escritor e líder maçônico. Publicou vários livros entre os quais “Revelações”, “Geografia e História do Rio Grande do Norte”, “Décadas” e “”Romance do Atheneu”. Faleceu em Natal a 18 de setembro de 1954. CÂMARA, Clementino Hermógenes da Silva - Nasceu na Praia da Pipa, em Tibau do Sul então município de Goianinha, a 17.01.1888, filho de Francisco Hermógenes da Silva Câmara e d. Maria Joaquina da Câmara. Órfão de pai aos dois anos de idade e de mãe aos nove, ainda garoto começa a trabalhar como serralheiro e depois como operário de fábrica de tecidos (Veríssimo de Melo, Patronos e Acadêmicos, V. II, p. 194). Estudou no Externato Natalense e no Atheneu; ademais, foi autodidata. Professor, jornalista e escritor, dizia-se especialmente professor, título para mim tanto mais honroso quanto não foi concedido por um estabelecimento qualquer, mas dado por uma população que me acompanhava o esforço e a dedicação - confessaria em Décadas, p. 97 (citado por Geraldo Queiroz em sua dissertação de mestrado GERINGONÇAS DO NORDESTE - A Fala Proibida do Povo, p. 11). Como professor particular fundou, dirigiu e ensinou em vários estabelecimentos; na estrutura oficial, ateve-se ao Atheneu e à Escola Normal de Natal (nesta, também sendo diretor). Protestante, foi revisor do jornal “O Século” - de propaganda evangélica -, mantido pelo rev. William C. Porter (primeiro pastor presbiteriano fixado em Natal). A mesma função desempenhou no “Jornal do Commércio”, em Manaus (1910), de onde transferiu-se para a cidade de Benjamim Constant e tornou-se Secretário Municipal. Retornou à Natal e participou da campanha de José da Penha (V. “SOUZA, José da Penha Alves de”, Século XIX), não só nas colunas do “Diário de Natal” mas em comícios. Fundou, aqui, os jornais “Gazeta da Tarde” (1913) e “A Nota” (1917), já mencionado (V. “CÂMARA, Adauto Miranda Raposo da”, Século XIX). Foi, ainda, funcionário da Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte (1914-1916), e da “Great Western”, em Recife (1921). Casou-se duas vezes: com d. Hilda Medeiros Câmara e, depois, com d. Consuelo de Medeiros Câmara, de cujas uniões teve seis filhos. Constam de sua obra: Novo Compêndio de Análise Portuguesa (1925), Revelações (1932), Origem e Desenvolvimento da Língua Portuguesa (1934), Décadas (1936), Romance do Atheneu Norte-rio-grandense (1945) e Geografia e História do Rio Grande do Norte (1952). Registra Veríssimo de Melo (op. cit., p. 196) que Clementino terá produzido, também, as seguintes teses: Lexiogenia e Sintaxe das Preposições, Origem do Homem Americano: Sua Evolução Política e Social, Incas e Astecas e, por fim, Cristóvão Colombo: Sua Vida e Sua Obra. Deixou inéditos Gírias do Nordeste, O Estenógrafo Brasileiro e Que Devemos a Portugal? Sobre Gíria do Nordeste, um arguto inventário de regionalismos, há particularidades que o distinguem e trazem-no à atualidade meio século após sua feitura. Em 1986, conforme relata Geraldo Queiroz (op. cit., p. 17 a 21), localizou-se um processo no Arquivo Público Estadual datado de 4.10.1937 no qual ele, Clementino Câmara, invocando a lei estadual nº 145, de 6 de agosto de 1900, de incentivo à cultura, sancionada pelo então Governador Alberto Maranhão (V. “MARANHÃO, Alberto Frederico de Albuquerque”, Século XIX), solicita a publicação de ...um estudo sobre as classes populares do sertão, agreste e praias do Nordeste..., onde colhera elementos para constituir um vocabulário típico e que, assim entendia, logo seria incorporado ao léxico (1). O Governador, à época Rafael Fernandes (V. “GURJÃO, Rafael Fernandes”, Século), que em pouco seria Interventor, indeferiu o requerimento, face ao parecer contrário recebido. Entre outros argumentos, alegava-se (...) o realismo de certas expressões que não podem cair em mão de pessoas de pequena idade. (Na verdade, Edgar Barbosa, um dos Membros da Comissão, aprovara-o, reputando-o ...ótimo glossário de modismos, dos mais completos que já se editaram no Brasil, op. cit., p. 20, e o Prof. Luís Soares – (V. “ARAÚJO, Luís Correia Soares de”, Século XIX) -, acompanhando-o, apenas sugerira a exclusão de alguns termos; o terceiro membro, Sr. Véscio Barreto, omitira-se e o Cônego Amâncio Ramalho, na condição de Diretor do Departamento Estadual de Educação, encaminhara a decisão). Cinquenta anos depois, seu trabalho seria reconhecido. Clementino Câmara, é nome de rua, de escola e de Loja Maçônica, em Natal. Faleceu, em Natal, a 18 de setembro de 1954.
PESQUISA FEITA PELO IR\ AUDO PEREIRA COSTA - VEN\ MESTRE DA LOJA MAÇÔNICA INTERNACIONAL DA PRAIA DA PIPA ONDE NASCEU O IR\ CLEMENTINO CÂMARA.
LOJA
MAÇÔNICA INTERNACIONAL DA PRAIA DE PIPA
Nenhum comentário:
Postar um comentário